quinta-feira, setembro 04, 2014



O medo do novo

            Há coisas que passam e não voltam mais, isto é um fato. Para muitos é difícil lidar com as mudanças que ocorrem ao longo da vida. Sempre desejamos permanecer na nossa zona de conforto, o novo pode nos assustar, mudar o que já sabemos, e aprender o que ainda não conhecemos é uma necessidade constante. Lembro-me que no início de minha carreira como fotógrafo no ano de 1989 as coisas eram bem diferentes do que é hoje. Na época imperavam as máquinas tidas hoje como analógicas, pois usavam películas (o famoso filme de 35mm), na época, fácil de se encontrar em qualquer estabelecimento do ramo. As máquinas mais cobiçadas eram as da Nikon e da Canon, havia também a Pentax K1000, muito famosa pela sua qualidade e durabilidade, outra também cobiçada era a Minolta X-700, a Prática MTL-3, a Olympus Pen que possibilitava a quantia de até 72 fotos em um filme de 36 poses. Na ocasião os flashes mais desejados eram o frata 100, o Mirage PZ2-44, o Metz 45 CL2 e outros mais. Era um mundo mercado limitado se comparado com o de hoje, no qual o fotógrafo se preocupava mais com o domínio do equipamento, tais como fotômetro, foco, número guia do flash. Tudo parecia sob domínio, parecia não haver possibilidades de mudanças. Mas em meados dos anos 90 para 2000, surgia a tecnologia digital para fotografia. Muitos já habituados com formato analógico, não acreditavam que aquele novo formato iria emplacar, já outros faziam críticas ferrenhas acerca do novo formato, alegando que uma foto digital jamais se igualaria a uma foto de filme ou película. Este pensamento não era apenas por parte de muitos profissionais do ramo, era também de empresas como a Nikon, Canon, Minolta,  Kodak e outras, que viam com desconfiança e descrédito o novo formato que estava sendo introduzido no mercado. O resultado de tudo isto foi o seguinte, a Minolta e a Kodak não sobreviveram no mercado, preferiram acreditar no formato tradicional, já a Nikon, Canon, Sony e outras mudaram a política e abraçaram o formato digital, dominando-o e se destacando no mercado digital.
            Diante dos fatos apresentados, concluímos que nossa area de conforto e segurança pode não ser tão segura e confortável se apresentam. Se não nos abrirmos para novos conhecimentos, novas possibilidades e dispostos a sempre inovar e se reinventar, corremos o risco de sermos apenas parte de uma história que ficou no passado, como ocorreu com tantos profissionais e empresas do ramos. O novo pode ser assustador e desafiador, mas quanto mais cedo o dominamos, mais cedo colhemos os resultados.


                 Mauro Lúcio Rodrigues da Silva
                 4º período de Jornalismo
                 UNIVALE - 2º/2014
                 Tel: (33) 3212.3586 ou (33) 9102.1070

Um comentário:

Roni disse...

Bardadi nha amigu ermon. Deus ku bo.